Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 9 de maio de 2012

alhos

Alhos 4-2-2012


alhos 25-3-2012
alhos 25-3-2012
Alhos 6-5-2012

Esta é a minha sementeira de alhos deste ano de 2012 vamos esperar mais um mês para ver se a colheita vai ser boa. Espero que sim pois o alho é utilizado cá em casa em todos os pratos de culinária e tem inúmeras propriedades terapêuticas.



É usado sobretudo para reduzir o risco de doenças cardiovasculares e doenças cancerígenas. É também usado para reduzir os níveis de colesterol  e a coagulação do sangue. O alho ajuda a combater infecções e reforça a imunidade. O alho é muito  utilizado na culinária dos países do mediterrâneo, e é por esta razão que a  Espanha e a Itália revelam números reduzidos de aterosclerose.
Vários estudos sugerem que o alho pode prevenir as doenças cardíacas por diversas formas. Por exemplo, diminui as probabilidades de as plaquetas (as células envolvidas na coagulação do sangue) se aglomerarem e agarrarem às paredes das artérias, pelo que reduz o risco de ataque cardíaco. Há provas de que a planta dissolve as proteínas formadoras de coágulos implicadas no desenvolvimento da placa ateromatosa. O alho também faz baixar ligeiramente a tensão arterial, principalmente por alargar os vasos sanguíneos permitindo que o sangue circule mais livremente. 

Broculos








Cá em casa toda agente adora broculos. Nesta altura do ano ainda não consegui uma colheita  que valesse a pena, e não é por falta de insistência minha. Parece-me que é desta.

Porque é que acontece assim não sei, mas tenho pensado que poderá ser pelo tempo chuvoso que tem acontecido nesta altura do ano, ao contrario das courgettes que não gostaram nada, e quase todas morreram, os broculos parece que adoraram e estão felizes da vida a desenvolverem-se.
Morrem uns para bem de outros sempre assim foi e vai continuar a ser.
.
Como se diz aqui no Alentejo querer sol na eira e água no nabal é impossível.

Courgettes



Este ano com a chuva e o tempo frio este tipo de sementeiras estão todas atrasadas e algumas nem sequer nasceram.O tempo não foi a favorável ao seu desenvolvimento.


Como em todas as coisas na vida estas duas, com a sua perseverança, resistiram e agora lá estão elas em pleno desenvolvimento. Elas não se deixaram abater pelas adversidades e agora sorriem todos os dias ao sol que as irá fazer crescer.


São um bom exemplo para todos os portugueses que nestes anos de crise passam por muitas dificuldades, lutem sempre, um dia o sol brilhará.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

flores na horta






Estas são as primeiras flores deste ano.

vista da horta

Vista da horta em 30-04-12








Talha de barro


Eis uma "talha de barro" também chamada aqui na zona "tarefa", cujo principal utilização era no "adoçar de azeitonas". Como hoje em dia outros materiais, como por exemplo o plástico tomou  o lugar destes artigos, esta passou a ser utilizada na decoração, que foi o que aconteceu com este antigo exemplar, aqui na horta.

domingo, 6 de maio de 2012

Poejos

Isto são poejos uma erva aromática muito utilizada aqui no Alentejo.




Até à data estavam juntos com os agriões, mas como toda a gente deve ter direito a uma habitação condigna, resolvi fazer esta para que a partir de agora possam desfrutar da sua nova casa.



rosas na horta




Estas são as primeiras rosas deste ano.

Novos habitantes do galinheiro



Estes são os novos habitantes do galinheiro.
Após 3 semanas a chocar a dona piriquita trouxe ao mundo estes 4 pintainhos dos quais está muito orgulhosa, ou não fosse ela a mãe.

Patodromo




Esta banheira à muitos anos atrás serviu para dar banho aos meus filhos.


Como tudo na vida tem a sua época, isso não quer dizer que não possa ser utilizada para outros fins.
Resolvi por isso fazer uma divisão no galinheiro e dar-lhe utilização para um casal de patos que brevemente irá chegar.

Abrigos de madeira



Com paletes construí estes abrigos que servem simultaneamente de mesa e de arrecadação para sementes  e ferramentas.

Adubo natural

Aqui está um adubo natural que utilizo com frequência na adubação da horta.
 É uma acumulação de excrementos de aves aquáticas, que se encontra nas costas do Peru.

.



Trata-se de um adubo rico em fosfato e nitrogênio, proveniente de excrementos de aves, morcegos, ou fabricado com resíduos de peixes. Grandes colônias de aves como pelicanos, pingüins, procelárias, corvos-marinhos e alcatrazes deixam enormes depósitos desse material.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Feijão verde


Este é o sistema que utilizo para o feijão verde de armar.

Motoserra



 Aqui está a minha motoserra que me deu uma grande ajuda no corte dos sobreiros e pinheiros da Courela da Serra. Salvo algumas vezes a corrente sair e ter que ser afiada, o que até dava para descansar um pouco, porque este trabalho é duro, foi sempre a andar.

Habitantes do lago

Este cágado capturado numa barragem aqui próximo, só este ano se deixou fotografar ao sol. 
Parece já estar  habituado à presença de humanos perto de si.



Pelo contrário esta tartaruga que sempre foi criada em casa, é uma vaidosa adora sol, fotografias e comer.

Lago





Foi tanto frio que o lago congelou.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Carro de mão



Aqui está o meu ajudante para todo os tipos de transporte que sejam  necessários fazer.
Dá gosto conduzi-lo pelos caminhos da horta.
Não consome combustível.
Nunca se nega a qualquer transporte.
Ajuda  a manter a forma física.
Recomendo vivamente a compra de um veiculo desta categoria.

sábado, 21 de abril de 2012

Nação valente e imortal

Nação valente e imortal 

by António Lobo Antunes in Visão

Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos. Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade.

O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade às vezes é hereditário, dúzias deles.

Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito.

Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade. As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente.

Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente, indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos. Vale e Azevedo para os Jerónimos, já! Loureiro para o Panteão, já! Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já! Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.

Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos por, como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar de D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano.

Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos.

Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho.

Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar.

Abaixo o Bem-Estar. Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval. Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros.

Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.

Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos um aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.